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(Este post não tem nada a ver com os outros... espaço às minhas pretensões de escrita)
-O Cais do Sodré é feio.
Pois é, mas a conversa também não seria bonita. Era o sítio indicado.
Local de movimento perpétuo, centenas de pessoas chegavam e partiam num ritmo acelerado. Barco, metro, comboio, táxi, eléctrico, autocarro. Lisboa confluía naquele espaço à beira Tejo estupidamente subaproveitado.
Sentaram-se no café, trocaram as palavras esperadas. Não foi novidade para ele, não foi novidade para ela... Antes uma formalidade. Ela precisava de limpar a consciência e ele precisava de escrever o último ponto final.
Meia hora, nunca um café entre eles durara tão pouco. Ritmo acelerado, como tudo em volta.
Despedida breve e cada um seguiu o seu caminho. Ela em direcção do mar e do sol, ele descendo, cabisbaixo, em busca do metro que o levaria de volta à realidade.
Cais de embarque e desembarque. Cais de passagem, de encontros, de desencontros. Cais de despedida.
Cais do Sodré.
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