terça-feira, 28 de outubro de 2008

Momento de Humor III

Permitam-me que vos apresente um humorista... diferente. O seu nome é Dane Cook e nem sei se humorista será o termo correcto para o descrever, já que muito do seu "jeito" reside na interpretação que faz das histórias que conta. No fundo, ele vai pegando em experiências do quotidiano, familiares à maioria das pessoas, e trabalha-as em palco numa encenação de "fazer ir às lágrimas". No fundo é o oposto do Bruno Nogueira.

O trabalho de stand-up comedy granjeou-lhe uma certa reputação que lhe permitiu fazer umas gracinhas também no cinema (em filmes de pipocas como "O Empregado do Mês" ou "Good Luck Chuck").

Não vale a pena escrever muito mais... deliciem-se com a razão pela qual as mulheres ganham sempre as discussões e... ponto final.



A legenda não é a melhor, mas assim ninguém se queixa.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Página em branco

Atrofia-me ver páginas em branco no meu caderno. Sim, para quem não sabe, ando normalmente com um caderno onde vou escrevendo parvoíces, ideias, histórias, merdas... enfim, o que quer que me apeteça.

Não tenho uma afeição especial por ele. Não saltaria de um navio para o salvar. Não é o meu melhor ou mais fiel amigo. Mas dá-me um certo gozo utilizá-lo.

Chamem-lhe mania, mas só escrevo nele com uma caneta que me ofereceram há uns anos, mas que nunca escreveu até uma salvadora se ter lembrado de me oferecer uma carga. É uma Parker normalíssima, vulgar até, mas é o complemento necessário ao funcionamento do caderno.

Pedindo desde já desculpa pelo cliché foleiro, devo confessar que, ultimamente, estes têm sido, literalmente, os meus companheiros de viagem. É rara a travessia ou espera de autocarro em que não tire da mochila o material e comece a escrever o que quer que seja, mais por aversão às páginas em branco do que por qualquer tentativa de me armar em escritor.

Porém, preencho páginas e páginas com frases a vulso. Expressões bonitas, às vezes gramaticalmente correctas, com sentido, mas sem ligação. A metáfora que primeiro me surge à cabeça para explicar isto é que sou um "qué frô?" da escrita. Distribuo frases, agradáveis à vista, prendas bonitas, mas efémeras. Por mais viçosa (yeah, sure) que seja a flor que os imigrantes indianos vendem, ao fim de poucos dias murchará e perder-se-á para sempre. Falta-lhe a ligação, falta-lhe a segurança de uma raiz e de dezenas de folhas a trabalhar para a sua sobrevivência.

Folheio o meu caderno e só encontro palavras errantes. Um parágrafo, relativamente curto, que, embora fazendo sentido, se encerra em si mesmo, desprovido de qualquer linha de continuidade.

Numa analogia futebolística (dentro em breve surgirão umas interessantes, vão estando atentos), posso dizer que é como ir a um jogo de futebol só com o Maradona na equipa. Por mais brilhantes que sejam os segundos em que a bola baila nos seus pés, nada poderá ser construído e a derrota... é inevitável.

Contudo, para quem só se interessa por acabar com as páginas em branco, está muito bem assim.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

É mesmo assim...

Há dias que não precisam de qualquer comentário e que valem por coisas tão simples como aquele abraço!



Valeu mesmo!

Porque recordar é viver! II

Há uns tempos, em conversa com uma amiga de 17 anos, percebi que ela não sabia o que era "A Arca de Noé", para lá do contexto bíblico, claro está. Senti pela primeira vez o peso da idade.

Então, para quem não conhece e para quem, como eu, gosta de se recordar das pequenas delícias de infância, aqui fica o genérico do programa que, quiçá, me lançou para estas lides de biólogo.

Vamos lá ver como é, a Arca de Noé!



Curiosamente, a única coisa que me lembro do programa é, efectivamente, o genérico. Não tenho qualquer noção de qual era sequer o "formato"! Enfim, a idade pesa mesmo!

domingo, 19 de outubro de 2008

Fotografando...



Pois bem, há uns tempos resolvi arrumar o meu quarto. Ao fim de uma semana, dei por concluída a árdua tarefa. Embora tenha sido uma limpeza feita com muita calma e tranquilidade, a verdade é que havia mesmo muita coisa a pôr em ordem.

Enchi sacos e sacos de lixo. Folhas, cadernos, dossiers, testes, exames, facturas, bugigangas... tudo c'o boda (alguém quer saber quem é o boda?). Foi uma verdadeira revolução que o meu quarto sofreu.

Entre toda a confusão encontrei fotografias "históricas" (muitas delas extremamente embaraçantes)e recordei o gozo que me dava pegar na minha Pentax, comprada por 20 000 escudos num qualquer supermercado que queria limpar os armazéns. Máquina fora de moda, quase totalmente manual, mas que me acompanhou em muitas viagens.

Rodar a objectiva, focar, controlar a abertura do diafragma, a velocidade do disparo e, sobretudo, rezar para que ficasse bem. E depois, toda a brincadeira da revelação. O laboratório de fotografia da escola, a câmara escura, o cheiro característico a revelador e a fixador. Era todo um mundo.

Mas as coisas foram mudando...

Com os cortes do Ministério da Educação a escola fechou o laboratório e deixou de haver revelações à borla. Ainda tentei manter o vício, mas o meu orçamento era demasiado limitado. Assim, os rolos foram-se acumulando, ocupando hoje uma caixa numa estante. Quiçá não terei por lá qualquer obra prima à espera de ser revelada...

Claro que hoje, com a praga das máquinas digitais, a fotografia tornou-se um passatempo bastante barato. Mas, como diz a sabedoria popular, o barato sai caro...
E o preço a pagar é sermos obrigados a ver e tirar um sem fim de fotografias. "Agora só nós os 3", "ali junto à estátua", "vê lá a buba com que o Zé estava", "vê lá como ficou giro este pormenor da unha do pé da Maria"... Tudo isto elevado à enésima potência... Foda-se, a paciência tem limites. Hoje qualquer um é fotógrafo de gabarito depois de gastar 100€ na Worten (e de ter sacado o Photoshop)!

Para já, mantenho-me afastado da tentação, mas creio que mais dia menos dia terei de ceder e arranjar uma maquinazita dessas...
Ah, nostalgia!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Fado...

Quem me conhece, sabe que sou um grande fã da Carris e, particularmente, do autocarro que faz a carreira 750. Esse autocarro é palco das maiores peripécias, é um mundo à parte, mesmo.

A última delas ocorreu há alguns dias atrás e teve um cariz... musical. Passo a contá-la.



Eram 10h00 da manhã e cantava-se o fado no autocarro.

"Que chega ao coração num tom magoado, tão frio como as neves do caminho"

O que poderia ser uma atracção num dos autocarros turísticos da cidade, ganhava contornos de aberração entre os trabalhadores mal pagos e os estudantes que, com diferentes graus de depressão, faziam o seu percurso diário em direcção à rotina.

Mas a artista não se cansava. Aluna de uma escola secundária, a faltar a uma qualquer aula de substituição, continuava a exibir todo o seu reportório de Amália Rodrigues numa voz que, não sendo desafinada, era pouco agradável aos ouvidos. As colegas, entusiasmadas, rodeavam-na, incentivavam-na e aplaudiam-na.

Um senhor reformado, de cabelos brancos cobertos por uma boina acastanhada, tentava ir acompanhando a música, de olhos fechados e esboçando um sorriso, sonhando a Alfama, as sardinhas e as mulheres de outros tempos.

Mas o autocarro chegou à paragem do Colombo e as moças saíram, empenhadas em passar os 90 minutos de intervalo num local capaz de preencher as suas adolescentes necessidades. O velho, esse, agradeceu à cantora de serviço e, num gesto triste de quem se abandona ao seu próprio fado, sentou-se de novo na cadeira.

E foi isto... A banda sonora deste momento? Só pode ser uma...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Momento de Humor II

Apesar de só com o Gato Fedorento ter ganho verdadeiro mediatismo, a verdade é que o talento de Ricardo Araújo Pereira não é de agora. Senão vejam a participação dele no "Homem que mordeu o cão" há já uns anitos.

Registe-se o facto deste momento de génio juntar as palavras Buraca e Cova da Moura... O centro do mundo e 'tá tudo dito!

Deliciem-se...

Música (im)Pura III - Espaço para os amigos

Embora tenha uma péssima voz e um ouvido bastante fraco e seja totalmente desprovido de dom para a coisa, a verdade é que a música me fascina. Rock, pop, rap, clássica, ópera, bossa nova, jazz, soul, reggae, r&b... Ouço quase tudo, menos gritos e martelos.

Tenho o privilégio de ter alguns amigos que, felizmente, até percebem umas coisitas do assunto e vão tentando enveredar pela vida de músico. Acho que é de bom tom apresentá-los.

Neste post trago-vos então os "The Agency".



O guitarrista, Mike, e o vocalista, Pina aka Janito, são dois grandes amigos meus.
A banda já vai tendo um reportório interessante e não foi por acaso que actuaram no palco Sunset do Rock in Rio 2008 e foram convidados a correr as FNAC's um pouco por todo o país.
Claro que, para mim, os gajos têm um som do c*r*lh*, mas sugiro-vos que formem a vossa opinião!

Domingo Desportivo Depressivo



Se fizesse uma análise estatística ao meu estado de espírito diário, os domingos apareceriam, certamente, como os dias da semana em que me sinto mais... desavido.

Supostamente, o domingo deveria ser o melhor dia da semana, já que é o dia em que não há, normalmente, nada para fazer. E se há coisa que me dá um gosto especial é... não fazer nada. Mas há várias formas de não fazer nada...

O meu dolce fare niente passa por "coçá-los" quando tenho muita coisa para fazer. Agora, se sinto que não tenho mesmo nada que fazer, é todo um sentimento de inutilidade que me invade.

É estranho, até o ficar deitado até tarde ganha contornos depressivos ao domingo. Precisamente porque não há nada a que chegar a horas, não há compromissos inadiáveis, não há coisa nenhuma.

Para contornar esta situação, tentei que hoje fosse um domingo atípico (até porque o Sporting não jogava)... Assim, às 9h00 da manhã estava a jogar futebol à chuva, às 14h00 a limpar a casa e às 17h30 a tentar escrevinhar qualquer coisa junto ao Tejo.

Mesmo assim, é mais um domingo a juntar às estatísticas, e o mais constrangedor é que a segunda feira não augura nada de bom.

Parafraseando alguns dos meus melhores amigos: "É triste p'ra mim pá!".

domingo, 12 de outubro de 2008

Os últimos tempos...

...têm sido... diferentes.

De um momento para o outro surgiram na minha vida uma série de solicitações, desafios e projectos a que quero dar (boa) resposta.

Claro que isso tem tomado muito do meu tempo e da minha, já de si reduzida, sanidade mental. Contudo, creio que devo reactivar um pouco este espaço e, se a preguiça não me vencer, assim o farei.

Para me redimir um pouco de tão prolongada ausência, deixo-vos a música que mais vezes tem tocado por aqui.



Saudações cordiais!